O que seu time de marketing deve saber sobre a LGPD
Publicado: 26 de novembro de 2019 | Atualizado: 23 de fevereiro de 2023.
A partir de 2020, a privacidade online deve entrar na pauta de todos os profissionais de marketing que atuam no Brasil.
Isso porque a Lei Geral de Proteção de Dados vai entrar em vigor em agosto do próximo ano, alterando a rotina de coleta e tratamento de dados de clientes e leads, que são as pessoas que fornecem dados para as empresas, normalmente em troca de um conteúdo, produto ou serviço.
Com o marketing digital, aumentou o número de informações que as empresas têm de cada cliente. Esses dados são úteis para criar campanhas segmentadas e conhecer cada pessoa mais a fundo para fazer melhores ofertas.
Por isso hoje em dia os setores de marketing têm sistemas com diversas informações de cada lead, como os e-mails que cada pessoa abriu, artigos que leu, itens que já comprou, mensagens que trocou com a empresa, etc.
Coleta de dados de forma consciente
Existem algumas bases legais para a coleta de dados pessoais sob a LGPD, mas vale destacar o legítimo interesse e o consentimento do cliente.
A primeira é quando o dado é necessário, como em uma compra online que a pessoa deve informar o endereço para o recebimento do produto.
A outra é o consentimento, ou seja, quando a pessoa está de acordo que o dado esteja na base da empresa para aquele determinado objetivo.
Isso vale quando o cliente quer receber informações sobre um produto ou serviço, então fornece seu e-mail.
Ou quando o cliente prefere que a experiência em um site seja mais personalizada, então permite o uso de cookies para a coleta de seus dados de navegação.
É importante que os profissionais de marketing saibam que o usuário pode revogar o consentimento a cada momento.
Em cada e-mail marketing, por exemplo, deve haver um link para que ele possa se descadastrar da base de contatos. E para casos de julgamentos, é fundamental ter provas de que o cliente deu de fato o consentimento.
Hoje em dia já é utilizada a tecnologia blockchain para ter provas irrefutáveis de que a pessoa concordou em receber e-mails e mensagens, por exemplo.
Armazenamento seguro de informações
Para estar em conformidade com a LGPD, é preciso de fato proteger os dados, principalmente contra vazamentos, que são prejudiciais à imagem e às finanças da empresa.
Os dados que o marketing tem sobre cada lead ou cliente devem estar em local protegido, sem que qualquer um tenha fácil acesso.
Outra coisa importante é que os dados não podem ficar na base da empresa para sempre, só enquanto eles forem necessários para a relação com aquele cliente.
A nossa dica é que os profissionais de marketing estejam a par sobre o que trata a LGPD, fiquem por dentro do processo de adequação da empresa em que trabalham e melhorem a transparência da comunicação sobre o uso de dados.
Ao melhorar o tratamento das informações pessoais de clientes e leads, a empresa melhora sua imagem e evita diversos prejuízos ligados ao não cumprimento da lei.
A LGPD pode ser uma grande oportunidade para os negócios melhorarem seus processos, aumentarem a credibilidade e saírem na frente da concorrência!
Conteúdo produzido pela equipe da Privacy Tools.