LGPD: quais os impactos e como adequar sua estratégia de marketing?
Por: Parceiros Convidados
Publicado: 1 de novembro de 2021 | Atualizado: 27 de outubro de 2021.
Em vigência desde agosto de 2021, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) traz diversos impactos e demandas de adequação às empresas de todos os portes.
Para as que investem em marketing digital e Inbound Marketing ou, mesmo, têm uma operação digitalizada, é preciso cuidado redobrado.
Afinal, nesses casos, os dados estão no centro de tudo, sendo cada vez mais utilizados para estratégias de geração e nutrição de leads, para aumentar as vendas e melhorar a experiência do cliente.
Entretanto, a Lei 14.010/20 exige que a forma como se capta, trata, armazena, utiliza e descarta esses dados seja revista. Quer sua organização conduza análises de dados sobre a atividade online de seus clientes ou, simplesmente, tenha um mailing list para enviar e-mails a uma base, tudo deverá ser enquadrado no contexto das obrigações trazidas pela LGPD.
Mas como fazer isso? Como criar sua estratégia de marketing seguindo as diretrizes dessa nova lei? Continue a leitura e confira nossas dicas.
Por que a LGPD foi criada?
No mundo hiperconectado de hoje, os dados pessoais estão sendo coletados a uma taxa impressionante.
Os sites que você usa, as ligações que faz, os lugares que visita e, até mesmo, as fotos que você tira são registrados, analisados e deixam uma pegada digital – que se torna um recurso valioso para as estratégias de marketing.
Tudo isso levou o The Economist e muitos especialistas a chamarem os dados de “o novo petróleo”.
No entanto, como os dados pessoais são tão valiosos, eles tornam-se também vulneráveis a situações como roubo ou uso indevido. Isso levou os consumidores a exigirem saber como as empresas usam e armazenam esses dados.
De fato, um estudo de privacidade da TRUSTe/NCSA descobriu que 92% dos clientes consultados têm preocupações consideráveis com a segurança e a privacidade dos seus dados online. Ainda, um relatório publicado pelo Chartered Institute of Marketing apontou que 57% dos consumidores não confiam nas marcas para usar seus dados de forma responsável.
Todo esse cenário demonstra a importância do surgimento de iniciativas como a LGPD, para trazer mais tranquilidade para os consumidores e transparência no uso de seus dados.
O que pode acontecer com as organizações que não se adequarem à LGPD?
Há diversos tipos de consequências negativas que podem ocorrer ao não adequar seu negócio à LGPD. Se sua empresa processa dados pessoais, independentemente do tamanho do empreendimento, será necessário fazer os ajustes prescritos pela lei.
Dessa forma, você evitará problemas como:
1. Danos à reputação da sua marca
Associar a sua marca a incidentes como vazamento de dados, utilização indevida de informações dos clientes ou divulgação de seus dados sensíveis, por exemplo, pode gerar danos irreparáveis à imagem e à reputação de seu negócio.
2. Queda nas vendas
Se você tem uma loja virtual ou canal digital e seus clientes não se sentem seguros nem confiam no tratamento dado às suas informações, você provavelmente perderá esses clientes e terá queda em suas vendas.
3. Multa
Há, também, as multas que podem ser dadas às organizações que não cumprirem as determinações da LGPD. E essas podem ser bastante altas.
Dependendo do caso, a infração poderá ser passível de multa simples (de até 2% do seu faturamento), de multa diária, entre outras sanções.
Por que a adequação à LGPD pode ser uma boa oportunidade para sua empresa?
É possível enxergar as novidades além das obrigatoriedades. A LGPD pode funcionar como um incentivo para as marcas adotarem uma abordagem mais estratégica de como captam e utilizam os dados do cliente.
Além disso, a conformidade com o LGPD é uma maneira de acelerar a transformação que uma empresa precisa fazer se quiser ser uma organização centrada no cliente, fomentando relacionamentos pautados por maior confiança e transparência.
Assim, ao lidar com a LGPD é possível adotar uma mentalidade mais mercadológica. Sua empresa não estará apenas buscando cumprir uma lei. Ela estará se preparando para construir um melhor relacionamento com o cliente, fortalecendo a confiança em relação à forma como os dados são coletados e usados.
Além disso, sua empresa terá uma base mais confiável para personalizar e segmentar suas campanhas, o que pode impulsionar sua taxa de conversão e incrementar suas vendas.
Lembre-se de que a LGPD não foi projetada para impedir que as marcas se comuniquem com seus clientes. Muito pelo contrário, na verdade. Os novos critérios podem levar a um aumento na qualidade dos dados, tornando-os uma oportunidade de se ter um aprofundamento nas necessidades de seus clientes atuais e em potencial.
Como buscar a conformidade com a LGPD em sua estratégia de marketing digital?
A seguir, veja algumas boas práticas para adotar em sua estratégia para atuar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados:
1. Tenha foco na permissão
A permissão de dados se refere a como você gerencia os opt-ins – as autorizações expressas de que alguém quer receber determinadas informações da sua empresa.
Você não pode presumir que as pessoas desejam ser contatadas. Com a LGPD, cada pessoa em seu mailing precisa expressar seu consentimento para isso.
Assim, é importante revisar seus processos, canais e formulários para se adequar a esse princípio e buscar a permissão para envio de seus comunicados aos leads e clientes.
Também será necessário apresentar em seu site as políticas de privacidade e uso de dados e permitir o opt-out de sua lista a qualquer momento se essa for a vontade do cliente.
2. Reconsidere seus processos de marketing
As organizações devem reconsiderar seus processos quando esses envolverem o uso de dados pessoais. Mais especificamente, é preciso garantir e demonstrar que:
- As suas práticas de marketing são transparentes e claramente definidas na política de proteção e uso de dados.
- Você não utiliza nenhum dado pessoal que não foi autorizado pelo titular.
- Sua empresa tem uma política de privacidade clara e atualizada.
- Seu negócio tem mecanismos para registro de opt-outs e remoção de clientes dos processos analíticos quando isso for solicitado.
- Você coleta apenas os dados necessários – seus formulários devem ser enxutos, solicitando somente as informações indispensáveis.
- O consentimento deve ser específico e respeitado – se um visitante se inscreveu para receber um material rico e o opt-in foi apenas para isso, você não deverá enviar campanhas promocionais aleatórias para ele. Para isso, deve haver permissão também para envio desse tipo de comunicado.
- Tal consentimento também deve ser documentado e, portanto, evidências devem ser mantidas para demonstrar que isso foi obtido.
3. Busque mais transparência
A LGPD exige que os controladores sejam mais transparentes sobre suas atividades de processamento, inclusive quando são realizadas para fins de marketing.
Nesses casos, as pessoas devem ser claramente informadas sobre a natureza do processamento envolvido e a extensão das atividades de marketing que serão conduzidas usando seus dados pessoais.
Como adequar seu negócio à LGPD?
Conduzir todas as adequações e ter a certeza de que, de fato, sua empresa está agindo 100% conforme a LGPD pode ser um grande desafio. Mas não precisa ser assim.
Ao ter o apoio de um parceiro especializado, tudo fica mais simples, ágil e seguro. Portanto, encontre uma empresa especialista em negócios digitais, em segurança da informação e que tenha ampla expertise em preparação e adequação para a LGPD.
É importante que essa empresa ofereça soluções como a criação de página de políticas de privacidade, desenvolvimento de página de exclusão de dados (opt-out), criação do documento de aceite dos termos da Política de Privacidade, promoção de ações preventivas para minimizar os riscos de roubo e vazamento dos dados dos seus clientes, entre outras.
Conteúdo produzido pela equipe da InCuca