LGPD: o que essa lei muda nas estratégias de marketing
As estratégias de marketing têm se mostrado cada vez mais eficientes em um mercado cheio de nichos em que os consumidores veem inúmeras opções de compras e tudo isso se deve a uma ‘arma’ muito poderosa: segmentação e dados.
O marketing digital, especialmente, é expert em traçar táticas que, baseadas em relacionamento e conteúdo, adquirem os dados de leads, a fim de realizar uma abordagem mais assertiva.
Landing pages, formulários simples e até pelas mídias sociais por meio de contato direto, são as grandes responsáveis por adquirir dados que são essenciais para segmentar uma campanha, que tende a resultar, evidentemente em maiores chances de venda.
Porém, a ‘obra-prima’ do marketing digital pode estar correndo sérios riscos, devido a uma lei, que entrará em vigor a partir de fevereiro de 2020, a LGPD.
O que seria a LGPD?
Seguindo a lei europeia, a LGPD, sigla para Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais mudará totalmente a forma em que as empresas captam dados de seus leads no ambiente digital.
A LGPD estabelecerá novas regras sobre coleta de dados, armazenamento e o compartilhamento de informações pessoais, sendo extremamente rigorosa com quem não a cumprir, aplicando multas que podem facilmente levar uma empresa à falência.
Como a LGPD agirá
A lei funcionará, essencialmente para proteger o usuário, tendo em vista garantir o sigilo de suas informações que, online, podem trazer certas complicações.
A LGPD detalha e subdivide os envolvidos em 4 pontos. São eles:
- O titular: é a pessoa que cede os dados;
- O controlador: é a empresa que coleta o dados dos usuários e decide ‘o que fazer’ com eles. Ele é responsável por como utilizar as informações, como e quanto tempo ficarão armazenadas e como serão utilizadas;
- O operador: a empresa que faz o processamento dos dados pessoais coletados de acordo com o controlador;
- O encarregado: como o próprio nome sugere, é o encarregado de controlar os dados e atuar como um mediador entre as partes, orientando sobre o uso das informações.
LGPD nas estratégias de marketing
Como já parece óbvio, a LGPD nas estratégias de marketing terá um grande impacto nas empresas.
As campanhas segmentadas são a grande sensação do mercado atual e trazem retornos expressivos, como já mencionado, então, se uma das principais estratégias terá a necessidade de mudança, o reflexo disso atingirá diversos âmbitos.
Inbound marketing e marketing de conteúdo funcionam basicamente por conta da obtenção de dados e são eles os responsáveis por captar tantos leads às empresas, NuBank, Netflix, Coca-Cola e Colgate não deixam ninguém mentir.
Portanto, será necessário rever alguns pontos das campanhas por conta da proteção de dados.
O ditado ‘há males que vêm pra bem’ pode ser aplicado quando o assunto e marketing e LGDP, até porque não quer dizer ineficiência nas ações. Na verdade, pode ser até benéfico, mas a estratégia será determinante.
O marketing digital nunca mais será o mesmo (mas isso não é ruim)
Segundo a EXAME, apenas 15% das empresas estão em conformidade com a lei de proteção de dados, o que por si só já comprava a mudança que ocorrerá obrigatoriamente no cenário.
O mundo da comunicação é totalmente baseado em inovações, reinvenções para que acompanhe a sociedade e vice-versa, com uma nova lei não será diferente. Ou seja, medidas precisarão ser tomadas e algumas, inclusive, são mais simples do que se imagina.
E agora, o que fazer?
O principal impacto da LGPD nas estratégias de marketing será na obtenção de dados, como já dito. Mas isso não quer dizer que as campanhas de marketing nunca mais poderão ser segmentadas e atingir determinado público.
A medida para trabalhar de acordo com as normas é muito simples: ter a autorização do usuário.
Para evitar multas (caras) as agências de marketing terão que trabalhar de modo transparente. Isto é: conquistar o consentimento.
Uma ideia interessante é investir as fichas em formulários diretos com campos de autorização, comuns quando se baixa um aplicativo hoje, o famoso: ‘’eu concordo com os termos de uso’’.
Essa estratégia não será maléfica, pelo contrário, ficará mais fácil segmentar as campanhas e descobrir qual é o verdadeiro interesse do público.
Mais que exigir normas, a proteção de dados defende o consumidor e faz com que as empresas desempenhem um trabalho mais íntegro, vantajosas aos dois lados: marca e público.
Em resumo, o marketing precisará ser mais estratégico do que nunca.
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