Geomarketing: o que é e como usar

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Publicado: 12 de fevereiro de 2020 | Atualizado: 4 de março de 2020.

O Geomarketing engloba qualquer estratégia de marketing que trabalha com inteligência sobre localização para otimizar campanhas e alcançar o consumidor na hora e local certo.

Esta técnica permite, por exemplo, o envio de mensagens e ofertas personalizadas no momento em que uma pessoa passa perto de uma loja. As inovações permitiram que o endereço de IP dos computadores e os endereços dos GPS ativados nos smartphones fossem utilizados pelas marcas. Com estes dados, os profissionais conseguem extrair informações sobre o comportamento do público e criar conteúdos mais assertivos.

Para que as estratégias de geomarketing funcionem, elas precisam do apoio do big data, conjunto de informações presentes nos bancos de dados de servidores e empresas, que está disponível na rede mundial de computadores e pode ser acedido remotamente, como por exemplo, a Wikipédia, que tem textos disponíveis em bancos de dados para consultas online.

Quais os benefícios?

Esta ferramenta traz diversos benefícios para as marcas que a utilizam. O aumento da procura por ofertas e experiências personalizadas cresce a cada dia e deixar de usar estratégias como esta é abrir espaço para a concorrência.

No meio offline, o geomarketing auxilia na identificação de pontos de vendas, distribuição de mercadorias e concorrência. No caso do meio online, ela facilita no engagement dos utilizadores, assertividade do público e melhor planejamento de ações locais. 

Esta estratégia também permite:

  • Mapeamento de territórios com concentração do público da marca;
  • Análise geográfica do mercado;
  • Descobrir novas áreas e públicos para o negócio;
  • Segmentação por localização;
  • Estímulo de engagement espontâneo;
  • Criação de campanhas de fidelização;
  • Interação com os consumidores.

Por que investir nesta estratégia?

Hoje em dia a maior parte das pessoas anda sempre com o telemóvel. Com um smartphone por perto e o GPS ativo, as marcas têm uma informação valiosa sobre o consumidor: localização atual ou lugares visitados recentemente.

Além disso, fornece dados valiosos sobre o seu perfil e os seus interesses. Por exemplo, quando faz check-in pelo Facebook num restaurante, ou quando publica uma foto no Instagram e marca a localização. Todas estas informações podem ser usadas pelas marcas nas suas estratégias de marketing.

Os dados de localização e comportamento permitem otimizar campanhas com mais precisão, criar conteúdos muito mais relevantes, enviar notificações e ofertas de acordo com a localização e desenvolver estratégias de divulgação com uma precisão inimaginável.

E quando a sua marca tira proveito da inteligência de localização, ganha um imenso diferencial competitivo.

Como usar o Geomarketing

Esta estratégia era utilizada, em grande maioria, por grandes empresas, que conseguiam elaborar pesquisas de mercado e dispor de equipas para essas análises.

Hoje em dia, com o acesso à internet, pequenas e médias empresas já conseguem utilizar os mecanismos associados aos dispositivos disponibilizados no marketing digital.

O geomarketing subdivide-se em várias estratégias.

Geotagging

Geotagging é a marcação da localização do utilizador numa publicação. É um recurso comum utilizado no Facebook ou Instagram pelas pessoas quando estão num evento, num estabelecimento ou a visitar alguma cidade, por exemplo.

Desta forma as publicações agregam mais informações sobre o local do utilizador, e permitem que outras pessoas descubram novos negócios através da experiência da sua rede de contatos.

Para aplicar esta estratégia pode incentivar as marcações, criando ofertas e promoções para quem realizar a ação, e facilitar a identificação da sua localização.

Geotargeting

Nesta estratégia é possível segmentar públicos de acordo com a sua localização. Uma campanha pode ser segmentada de acordo com o país onde as pessoas moram, a cidade onde nasceram ou o bairro onde trabalham, desde que esses dados estejam de acordo com os objetivos da estratégia.

Por exemplo, se tem uma gráfica na cidade de Lisboa, não faz sentido fazer publicidade para os habitantes do Porto. O geomarketing permite filtrar apenas o público que interessa, oferecer conteúdos adequados e trazer melhores resultados para as suas campanhas.

Os critérios de segmentação geográfica são oferecidos na maioria das plataformas de comunicação pagas da web, como Google Adwords e Facebook Ads, que recolhem os dados a partir do endereço IP dos utilizadores. 

É possível selecionar os locais desejados por país, região, estado e cidade. Em alguns casos, a plataforma oferece também opções de segmentação por CEP, bairro e raio de distância, além da estimativa de alcance para cada seleção.

Check-ins

Nas redes sociais, existem diferentes recursos para usar o geomarketing, com o objetivo de aliciar os consumidores, especialmente em negócios locais.

O recurso de check-in é um dos principais exemplos. Quando um utilizador efetua o check-in dentro do seu estabelecimento, pode oferecer-lhe um desconto, um produto exclusivo ou um brinde.

Esta estratégia ganhou popularidade com os check-ins do Foursquare. Hoje, uma ideia bastante usada por restaurantes é oferecer acesso gratuito à internet mediante o check-in no local pelo Facebook.

Geofencing

Já o Geofencing permite que as marcas ofereçam descontos e conteúdos em tempo real, baseando-se na movimentação do utilizador. Com as informações do GPS, as aplicações (mediante autorização de permissão do uso de localização) enviam ofertas específicas para o utilizador no momento em que está perto de determinada região.

Para que o utilizador receba o seu conteúdo, primeiro é necessário oferecer uma aplicação da sua marca. Posto isto, o utilizador deve fazer download da app e autorizar a partilha da sua localização e a receção de notificações e comunicações.

No desenvolvimento da sua aplicação, deve demarcar a área geográfica desejada e definir a mensagem que será enviada.

Geofiltros

Outro exemplo bastante atual de geomarketing são os geofiltros usados em algumas redes sociais, como o Snapchat, famoso pelos filtros que os utilizadores podem inserir nas fotos e vídeos.

Depois de identificar a localização do utilizador, a app oferece filtros personalizados, como o nome da cidade ou do bairro em que a pessoa se encontra.

Usando ferramentas específicas, as empresas podem criar os seus próprios geofiltros usando a identidade da marca. Assim, sempre que os utilizadores estiverem no seu estabelecimento ou evento, podem usar este recurso nas fotos.

Sites personalizados

Algumas vezes, quando visitamos um site, recebemos a notificação “este site deseja saber a sua localização”. Este é mais um exemplo de geomarketing. Neste caso, as páginas usam a localização do utilizador para oferecer conteúdos personalizados.

O utilizador pode declinar a solicitação da notificação ou ainda configurar o navegador para que nunca permita a partilha. Portanto, esta informação nunca é garantida e, além disso, a posição geográfica é estimada, não exata.

Para que o utilizador decida se quer partilhar a sua localização, deve sempre enviar uma notificação como a que citamos. Para isso deve usar uma API de Geolocalização no código, para que o navegador identifique a sua solicitação e acione a notificação para o utilizador.

Através do geomarketing, é possível criar e oferecer conteúdos mais direcionados, de acordo com a localização geográfica do público. Assim, fica mais fácil conquistar a atenção e a preferência da audiência.


Conteúdo produzido pela
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